sábado, 13 de abril de 2013

Alfonso Herrera: ator em busca


Sua passagem por um grupo juvenil de música ficou pra trás. Num percurso pessoal que buscar se afastar da hipocrisia, baseada na honestidade profissional e cheia de significados, o ator Alfonso Herrera não só dá passos lentos como também seguros no mundo dos 24 fps (quadro por segundos, mas parece que a tendência atual são 48 fps), mas que também se permite gerar ações que ajudam a melhorar seu ambiente, como sua participação com Greenpeace ou em campanhas que lutam contra a desnutrição infantil.

Totalmente satisfeito e contente com seu trabalho e planos atuais, Alfonso é sentido com uma atividade intelectual e, de certa forma, espiritual não convencional. Talvez como os iniciados, sua conversa é de poucas palavras, mas concisa. Economia de energia. No entanto, seu gosto pelo futebol surge no meio do papo com Mujeres, revelando que o pensamento não está controvertido com os sentimentos...

Na atualidade, quais são suas atividades profissionais e o que tem planejado fazer a curto e médio prazo?
Recentemente promovemos Los Croods, uma animação que foi dublada no México; eu fiz a dublagem em duas partes: uma para o nosso país – com uma linguagem bastante mexicana – e uma para América Latina – algo mais neutro-. Agora apoio uma campanha que chama “Va por mi cuenta”, com a qual se ajuda as vítimas da pobreza alimentar em nosso país, estamos tentando erradicá-la; estamos fazendo com a Fundação Alsea e o movimento “Va por mi cuenta”. Justamente acabaram de me confirmar que viajarei ao Brasil, o qual adoro, pois na Copa das Confederações promoveremos a não violência com a organização que se chama Non-Violence – que preside Yoko Ono -. Isso me deixa muito satisfeito.
Poderia falar um pouco mais sobre o enredo de Los Croods?
Claro. É uma animação que trata de homens das cavernas. De alguma forma todos vivem em sua zona de conforto, dentro de uma caverna, e meu personagem os convida para saírem dessa passividade. É um projeto bastante interessante que aproveitei muito, o fiz há quase dois meses.
Este trabalho despertou a criança que vive em você?
Já é minha terceira dublagem e cada vez que entro no estúdio, sempre me sinto como se fosse a primeira vez. Obviamente, não sou um grande experto do tema, mas graças aos profissionais da área posso fazer da melhor forma.
Não é a primeira vez que faz trabalho filantrópico...
Exato, estive participando com Non-Violence e complementando esta atividade com a do Brasil; também estive fazendo algumas atividades com Greenpeace e ao no fim das contas seguimos trabalhando com coisas que possam apoiar a mais gente. Acredito que é algo importante e me agrada.
Depois do que fez no RBD, não voltará a cantar?
Estou contente com os projetos que tenho agora e estou muito feliz.
Em pleno século 21, que significa ser rebelde no México?
Não sei, me diga o que é isso para você...
O que pensa sobre os movimentos sociais que estão ocorrendo no México?
O importante é ajudar. Se eu tenho um microfone, prefiro utilizá-lo de uma forma proativa, que possa deixar uma mensagem.
Você começou sua carreira no teatro, tem planejado voltar à esta arte?
Adoraria voltar ao teatro, porém esperamos que chegue um projeto adequado e aí estaremos pronto. Esperemos...
Continuará trabalhando em séries para TV?
Quero seguir atuando em séries, gosto bastante. A curto prazo não tenho ofertas para televisão.
Como você recorda o filme Amar te Duele e o que significou pra sua carreira?
Foi meu primeiro trabalho profissional; é um filme que lembro com muito carinho e, à parte, há várias amigos dessa etapa que sigo vendo e adoro quando nos reunimos.
Ter projeção internacional mudou a forma como a atuação é concebida?
Acredito que há muitos projetos no México, gosto de trabalhar em meu país e estou aberto a qualquer possibilidade, tanto dentro como fora.
Existe alguma atividade esportiva que não tenha feiro e gostaria de praticar?
Felizmente, me desempenhei bem nos esportes; experimentei um pouco de tudo. Não surgiu outra atividade esportiva que me chamasse atenção. Sou muito conservador com o futebol, por exemplo.
Como gosta de cuidar da sua imagem e como cultiva a mente?
Estudar é o que gosto e sempre o faço quando me preparo para um projeto. Adoro ler. Estudar me completa, pois é interessante: se pôr a investigar e analisar as coisas... É preciso conhecer muitas fontes e disso eu gosto.
O que pensa sobre a situação da indústria cinematográfica nacional?
Não é segredo para ninguém que não é difícil, mas sim uma tarefa colossal produzir um filme, ainda mais se ele for independente – quase todos são produzidos dessa forma -; no entanto, há e segue tendo tentativas para gerar cinema mexicano. Aplaudo o trabalho de todos os produtores e os envolvidos nesta indústria, pois é uma tarefa descomunal e agradeço muito por fazer parte de projetos dessa magnitude.
Tem algum plano de participar como produtor?
No momento estou apenas em projetos como ator. Espero no futuro gerar algo para produzir.
O que te chama atenção nas mulheres em geral?
É uma pergunta complexa, porque é uma situação muito peculiar e única para cada pessoa.
Que mulheres você admira?
Muitas mulheres são admiráveis. Em primeiro lugar as mães são espetaculares, absolutamente todas, pois o simples feito de trazer vida a este mundo é uma tarefa colossal. Honraria as mulheres no geral pelo simples fato de ser que são.
O que faz quando obtém um êxito?
Me abraço... não sei... nunca pensei nisso, porém comemoro trabalhando. Quando há uma conquista no trabalho aproveito muito estando no processo.
Como nutre a criança que já foi e quando o deixa de sair?
Essa pessoa sempre está presente. Sigo sendo o menino hiperativo de sempre; contudo, todo o tempo está oculto.
Que tipo de autores gosta de ler? E quanto à música, quais são seus grupos favoritos?

Estou pra ler um livro que fala dos rarámuris (conhecidos erroneamente como tarahumaras. N. de la R.), dessas pessoas que correm 100 km sem parar. Comparando, uma maratona é de 42 km, e eles, na serra, correm 100 km. É basicamente uma investigação de um rapaz que procura um corredor rarámuri chamado Caballo Blanco.

Também gosto muito de Carlos Castaneada (autor de livros como Las ensañanzas de Doon Juan -com prólogo de Octavio Paz), Una realidade aparte o Viaje a Ixtlán, um cientista que foi comprovar a relação com as plantas do poder (alucinógenos como o peyote ou los hongos, também conhecidos como enteógenos – palavra utilizada pelo investigador Gordon Wasson em suas viagens ao sul do México- o que modificam o estado de consciência, utilizados em praticamente todas as culturas antigas e em rituais xamânicos de todas as latitudes do mundo. N de la R.) e concluiu na investigação cuja hipóteses se foi para o outro lado.
Que atores admira?
Há muitos. Daniel Day-Lewis, sua atuação me agrada bastante.
Open Mind
Qualquer situação em qualquer parte do mundo tem mais de duas interpretações.
Que importância tem em sua carreira as redes sociais?
São grandes ferramentes, como uma extensão e de alguma maneira me ajudam a expor meus pontos de vista, situações trabalhistas, apoiar causas e amigos, a projetos. É uma grande ferramenta.
.:Créditos: Mujeres | Grupo Publimetro / RBDForever.com (tradução e adaptação)

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